A plataforma do Gmail está sendo acusada de invadir a privacidade dos usuários e pode precisar responder a uma multa milionária
Quando criada, a plataforma do Gmail tinha acesso as informações e lia cada e-mail que chegava na caixa de mensagem dos usuários. A partir dessas informações era montado um banco de dados, uma maneira de monetizar o produtor e manter o e-mail gratuito.
No entanto, desde 2017 as politicas de privacidade mudaram e a empresa garante não ter mais acesso às mensagens, segmentando as propagandas na caixa de entrada a partir de dados retirados noYoutube e pela ferramenta de buscas do Google.
Hoje, apesar de dizer que não tem mais acesso a essas informações, a empresa continua a analisar as mensagens recebidas no Gmail com um sistema de inteligência artificial que lê todas as mensagens de e-mail e cria sugestões de respostas automáticas com a função Smart Composer.
Por isso, existe a suspeita de que a empresa esteja passando por cima do direito à privacidade de seus usuários e o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e o Departamento de Proteção de Defesa do Consumidor (DPDC) já abriram um processo administrativo para apurar essas informações.
A decisão de abrir o processo foi publicada na quarta-feira (6/2/2019) no Diário Oficial da União. O departamento irá apurar se a atitude da empresa fere algum artigo do Código de Defesa do Consumidor ou do Marco Civil da Internet.
Caso seja considerada culpada, a empresa pode ser multada a pagar até R$ 9,7 milhões em multas.
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