A tecnologia de reconhecimento facial torna o acesso a aplicativos e desbloqueio de dispositivos muito mais prático. Mas deveria o governo limitar o acesso a essas informações por medidas de privacidade?
Uma pesquisa realizada pelo Center for Data Innovation, organização ligada a empresas de tecnologia, aponta que a maior parte dos estadunidenses acham que o governo não deve limitar as informações geradas pelo reconhecimento facial, visto que são utilizadas, muitas vezes, em medidas de segurança. É então que a questão segurança vs privacidade entra em jogo.
Em contrapartida, a pesquisa revela que apenas 26% dos americanos entrevistados acha que o governo deve limitar estritamente o uso dessa tecnologia. Esse número cai para 20% se isso significasse que os aeroportos não poderiam mais usar a tecnologia de reconhecimento facial para garantir a segurança nos embarques.
No Brasil, essa tecnologia também já está presente em aeroportos, shoppings, bancos e até mesmo no transporte público. Com o objetivo de evitar fraudes, as plataformas são capazes de confirmar a identidade das pessoas e verificar seu histórico legal.
No geral, a ideia de ser observado o tempo todo não é muito atrativa e faz com que muitas pessoas se sintam invadidas até mesmo em casa, com seus dispositivos móveis e câmeras de smartphones, tablets e notebooks.
Mas, ao contrário do que muitos pensam, não é a imagem da pessoa que fica armazenada, mas alguns dados de sua identidade. Em um dos sistemas, um algoritmo analisa as imagens captadas pelas câmeras para identificar mais de 80 pontos únicos no rosto da pessoa. Ele também faz uma simulação em 3D de como o rosto pode parecer em diversas posições.
E você, acha que o governo deveria limitar a obtenção desses dados?