Assim que nave chegar ao seu destino será primeira iniciativa privada em nosso satélite natural
Na semana passada foi enviada à Lua a nave Beresheet, pela empresa israelense SpaceIL. Assim que a nave chegar ao seu destino será a primeira vez que uma empresa privada foi capaz de realizar uma missão presencial no nosso satélite natural, mesmo que a nave não seja tripulada.
Porém, a bordo da sonda está um disco com 30 milhões de páginas de documentos que servem como uma espécie de cartilha sobre o conhecimento humano até a atualidade, contendo nele textos, fotos e símbolos.
A ideia central dessa missão é a de criar uma “biblioteca lunar”, como parte de uma iniciativa ainda maior, a de criar um arquivo galáctico da Terra. a ideia é, caso um dia alguma civilização alienígena as encontre, que conheça um pouco da essência da humanidade, mesmo se isso acontecer quando nós já não estivermos mais por aqui.
De acordo com a SpaceIL, “o arquivo a bordo da Beresheet tem o tamanho de um DVD e é composto por 25 discos de filme de níquel, fabricados sob encomenda pela NanoArchival para que a Arch Mission Foundation (AMF) fizesse o armazenamento das informações em formatos analógico e digital. A ideia é que o dispositivo consiga suportar as temperaturas extremas e alta radiação do espaço por bilhões de anos — ainda que não tenhamos a certeza de que isso será possível”.
Essas gravações analógicas que estão no disco podem ser acessadas por meio de um microscópio de baixa potência e, ao todo, contém 60 mil imagens de documentos, fotografias, livros e ilustrações.
Outra missão do tipo acontecerá em 2020. De acordo com a fundadora da AMF, Nova Spivack, o envio desse dossiê diz que “a rede interplanetária dos locais de backup que foi iniciada pode até mesmo ajudar a habilitar uma internet interplanetária” no futuro.
Entre as parcerias que a Arch Mission Foundation (AMF) está procurando, estão trabalhos com organizações sem fins lucrativos, como o Project Gutenberg e a Wikimedia Foundation.