Pesquisa e testes em laboratório foram realizados por cientistas da Universidade de São Francisco
Cientistas da Universidade de São Francisco realizaram uma pesquisa inédita, utilizara o sistema de edição de genes CRISPR-Cas9 para a criação das primeiras células-tronco pluripotentes, que são funcionalmente “invisíveis” ao nosso sistema imunológico. Um grande passo da engenharia biológica, que, em estudos de laboratório, impediu a rejeição em transplantes.
Como essas células-tronco “universais” podem ser fabricadas com mais eficiência do que as células-tronco feitas sob medida para cada paciente, elas trazem a promessa da medicina regenerativa um passo mais próximo da realidade. Em uma visão geral, esta é uma técnica que permite fazer algumas alterações aos genes, com diferentes propósitos.
Essa edição de gene CRISPR torna as células-tronco “invisíveis” ao sistema imunológico. E é uma técnica que previne rejeição de transplante no laboratório, em terapias com células-tronco.
“Os cientistas geralmente enfatizam o potencial terapêutico das células-tronco pluripotentes, que podem amadurecer em qualquer tecido adulto, mas o sistema imunológico tem sido um grande impedimento para terapias com células-tronco seguras e eficazes”, comentou Tobias Deuse, cadeira dotada em cirurgia cardíaca na UCSF e principal autor do novo estudo, publicado em 18 de fevereiro na revista Nature Biotechnology.
Com estas células-tronco modificadas, os cientistas acreditam que é possível apresentar uma nova solução para lidar com a rejeição das células. Os investigadores usaram a técnica de CRISPR para eliminar dois genes das células, incluindo a parte que daria a indicação ao organismo que se trata de um agente externo. Depois disso, ainda era adiciona uma proteína (CD47) que indica ao sistema imunitário para não destruir a célula.
Esta técnica já foi testada em ratos e vem sendo bem sucedida, porém ainda não há indicação de quando este teste poderá ser feito com humanos.