A SpaceX planeja lançar seu primeiro lote de satélites Starlink, uma constelação artificial com o objetivo de liberar o serviço de internet de alta velocidade da órbita.
É uma missão audaciosa que esconde uma realidade infeliz, de acordo com a Scientific American. Os satélites também poderiam, na pior das hipóteses, desencadear uma cascata mortal de lixo espacial conhecida como “síndrome de Kessler”, que preencheria o espaço com tantos detritos que os seres humanos seriam efetivamente aprisionados na Terra.
“No pior dos casos: você lança todos os seus satélites, você vai à falência e todos ficam lá”, disse à revista a pesquisadora da Agência Espacial Européia, Stijn Lemmens. “Então você tem milhares de novos satélites sem um plano de tirá-los de lá. E você teria uma síndrome do tipo Kessler.
A SpaceX tomou medidas que prometem evitar confusão nos céus com lixo espacial potencialmente perigoso – a idéia é lançar a rede Starlink a uma altitude menor que a maioria dos outros satélites que orbitam a Terra.
Com o tempo o número de satélites só aumentará e serão necessários milhares de anos para que os satélites Starlink sejam arrastados de volta à atmosfera da Terra, onde serão incinerados com segurança. E enquanto isso, de acordo com o MIT Technology Review, mega-constelações como Starlink resultarão em 67.000 colisões potenciais por ano.
“Isso é algo ao qual precisamos prestar atenção”, disse à SciAm Glenn Peterson, engenheiro da Aerospace Corporation que calculou a taxa anual de colisão de 67.000. “Temos que ser proativos.”
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